

foto Priscila Prade
AMANHÃ EU VOU, peça de Clóvys Torres escrita para as atrizes Tuna Dwek e Lilian Blanc, com direção de Cristina Cavalcanti.
Estreia dia 19 de março, sexta-feira às 17h.
Curta temporada de 6 apresentações até dia 21, em duas sessões diárias, às 17h e às 20h.
Duas mulheres num futuro distópico jogam com suas memórias para garantir a sobrevivência.
Há muito tempo, estamos só nós duas aqui entre pedras e águas correntes. Somos as únicas sobreviventes neste planeta calcinante.
Verdade que há muito tempo a peste levou a humanidade, é verdade, mas eu não me referia a você. Talvez tenham outras pessoas perdidas por aí também.
Quando vamos trabalhar juntas? A pergunta de Tuna Dwek para Lilian Blanc foi o mote da criação de “Amanhã eu Vou”, que estreia na próxima sexta, dia 19 e faz curta temporada de um fim de semana, seis apresentações gratuitas, duas por dia pela plataformateatro.
As atrizes, embora tivessem forte identificação artística e humana, nunca haviam contracenado, integraram no cinema o elenco do filme de Hector Babenco, “Meu Amigo Hindu” e outros filmes, mas no teatro o desejo de ambas persistia. Foi no mês de agosto, em plena pandemia que Tuna decidiu entrar em ação e num telefonema para o ator e dramaturgo Clóvys Torres disse: Eu e Lilian queremos que você escreva uma peça pra gente, pra nós duas.
Clóvys pulou da cadeira e repetiu: Um texto pra vocês duas? Vou escrever o que pra essas duas? Deixa eu pensar aqui, respondeu.
Um belo dia Clovys manda o primeiro ato, de uma forma tímida... E desde a primeira leitura nos debruçamos em lágrimas, diz Tuna.
“O campo da criação dramatúrgica parece ser intocável, entretanto eu acho que é uma ideia romântica, escrever é uma atividade como outra qualquer e escrever para duas atrizes que conheço há muitos anos, que admiro e gosto foi irrecusável”, revela Clovys.
“Eu comecei a engravidar desta ideia e fui potencializando o que estava sentindo. Este texto foi nascendo desta dor e fiquei possuído por essa ideia.... Eu gosto muito do teatro do absurdo e o que estamos vivendo é absurdo em todos os sentidos, não só simbolicamente como na prática, não saber se você vai conseguir respirar, as notícias das mortes claustrofóbicas, as queimadas...
Mas o fato é que estamos num momento sem perspectiva, porém, quero sempre acreditar que há uma saída, fui escrevendo uma coisa devastadora, mas que tinha uma esperança, a esperança de vida que existia na presença da outra, as duas se acolhem nessa devastação toda’, completa Torres.
Para Lilian Blanc o lobo do medo foi enxotado e assim nós reunidos, cada um em sua casa, criarmos um espetáculo que fala de desolação, mas que é, principalmente, um grito de fé e de esperança.
Sugestão de sinopse:
Duas mulheres sobreviventes conversam sobre a vida e o que lhes resta em um planeta calcinante, devastado por uma peste. Uma depende da outra, uma quer ir embora, a outra prefere ficar. Conversam o tempo todo sobre fé, Deus, amor, direitos, sonhos. Um jogo de memória que lhes garante a sobrevivência até o dia seguinte e assim vão, sucessivamente num delicioso jogo teatral entre delírios e realidade.
Serviço:
Estreia dia 19 de março, sexta-feira às 17h
Curta temporada de 6 apresentações até dia 21, em duas sessões diárias, às 17h e às 20h
Local:www.plataformateatro.com
Grátis
Duração: 50 minutos
informações à imprensa:
Adriana Monteiro
(11) 4563 7194 | (11) 9 94817953 adriana@oficiodasletras.com.br
